Foto: Camila Cara
The Outs fez um dos melhores shows do sábado no Lolla |
A garotada do The Outs fez um dos shows mais legais do sábado. Pagando um pouco o preço por ser a primeira banda no palco mais distante do festival, eles entorpeceram o público (que chegava de forma bem tímida) com sua cartilha sessentista. A apresentação foi marcada principalmente pela coesão sonora da banda e pelas ótimas composições. Entre elas, o destaque para a beatleniana "Righ or Wrong" e também para a psicodelia desenfreada de "Ainda Me Lembro". A referência aos Mutantes fica muito forte nas composições em português, como em "Doce Amargo", faixa que integra o mais novo disco do grupo, o ótimo Percipere. A banda também agitou a galera no rock enérgico de "Once Before" e recebeu o guitarrista da banda Cachorro Grande, Marcelo Gross, para finalizar o show em alto nível com "My Generation".
Foto: MRossi
Doctor Pheabes abriu o Lolla com seu hard despojado |
Após causar nas redes sociais com uma entrevista polêmica na véspera do festival [leia AQUI], o Doctor Pheabes mostrou no Lollapalooza que eles foram realmente sinceros ao dizer que não levam a banda tão a sério a ponto de se considerarem profissionais. A única coisa que realmente parece importar para o grupo é curtir esse barato "rockstar", seja abrindo para medalhões ou tocando em tudo que é festival grande. Tanto que rola uma atravessada de bateria aqui, uma trastejada no solo da guitarra ali, e tudo segue da forma mais normal possível. Mas o público também não parece se importar muito com a performance despojada da banda - que até apresenta algumas faixas legais para quem curte hard rock, como "Godzilla", por exemplo. No final, após uma cover de "Knocking On Heavens Door" (de Bob Dylan), com direito à homenagem ao Guns N' Roses nos telões, eles convidaram o cantor Supla para participar da brincadeira - mas ele preferiu ficar apenas assistindo ao lado do palco.
Foto: MRossi
Baiana System e sua micareta hipster |
Nas redes sociais, alguém mais esperto definiu o Baiana System como uma mistura de Carlinhos Brown com O Rappa (não se sabe se isso é um elogio ou uma puta sacanagem com o som dos caras). Mas o fato é que em cima do palco, as canções realmente não soam tão requintadas como se estivéssemos ouvindo o elogiadíssimo - e ótimo - Duas Cidades, lançado no ano passado. Ao vivo, tudo funciona na roupagem de um trio elétrico e a banda também parece querer promover essa espécie de micareta com influências africanas. No entanto, o bom público presente no palco AXE (ou seria Axé?) acabou entrando na dança e ajudou a criar o clima de carnaval no Lolla. A apresentação também foi marcada pelo protesto ao governo Temer - como já está virando marca registrada em shows de muitos artistas - e pela participação do músico BNegão na faixa "Playsom" (que faz parte da trilha sonora do jogo FIFA 2016).
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