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quinta-feira, 17 de dezembro de 2020
Rock in Rio anuncia Living Colour e Steve Vai como headliners do Palco Sunset no dia 24
Depois de anunciar uma dobradinha nada esperada entre Sepultura e Orquestra Sinfônica Brasileira que farão a abertura do Palco Mundo da edição de 2021 do Rock in Rio, a organização do maior festival de música e entretenimento do mundo, conta para o público outra surpresa. Só que, desta vez, o encontro que será o headliner do Palco Sunset neste mesmo dia, 24 de setembro: a banda Living Colour e o guitarrista Steve Vai.
O ineditismo desta apresentação que reunirá os timbres graves de Corey Glover somados a riffes precisos da guitarra de Steve Vai e, claro, dos músicos Vernon Reid , Doug Wimbish e William Calhoun serão o ponto alto deste espetáculo da música para o público. Os fãs já podem esperar inclusive o groove de Steve em Cult of Personality.
Para Zé Ricardo, "se em uma apresentação única, os Living Colour impressionam com todo o seu solo, imagina quando colocarmos a guitarra estonteante de Steve Vai no palco com eles. Não terá para mais ninguém. Será um encontro arrebatador. O público pode esperar algo grande, porque será", garante Zé Ricardo, diretor artístico do Palco Sunset.
Neste mesmo dia, o Palco Mundo traz Sepultura em uma parceria com a Orquestra Sinfônica Brasileira, em uma apresentação intitulada Sepultura in Concert, todo o thrash de Megadeth, com Dave Mustaine, o metal progressivo do Dream Theather, pela primeira vez no Rock in Rio, e os lendários Iron Maiden. O Rock in Rio acontecerá nos dias 24, 25, 26 e 30 de setembro e 01,02 e 03 de outubro, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro.
terça-feira, 27 de fevereiro de 2018
Lollapalooza Brasil divulga a programação com os horários de todos os shows
Lollapalooza acontece nos dias 23, 24 e 25 de março no Autódromo de Interlagos |
Os últimos ingressos podem ser adquiridos pelo site www.lollapaloozabr.com, bilheteria oficial (sem taxa de conveniência – Citibank Hall, em São Paulo) e nos seguintes pontos de venda exclusivos: Teatro Cetip, em São Paulo, Km de Vantagens Hall RJ e BH. O parcelamento do Lolla Day é exclusivo para clientes Bradesco Cartões, Bradescard e next, que podem parcelar em 3x (não há parcelamento para demais cartões). O desconto também é válido para pagamento em Cartões de Débito Bradesco (exceto internet). A compra é limitada em 4 ingressos por CPF.Confira abaixo a programação completa do Lolla:
Palco Budweiser
11h45 - Nem Liminha Ouviu
12h50 - Selvagens à Procura de Lei
14h30 - Rincón Sapiência
16h20 - Spoon
18h30 - Chance The Rapper
21h10 - Red Hot Chili Peppers
Palco Onix
12h00 - Luneta Mágica
13h40 - Vanguart
15h20 - Volbeat
17h25 - Royal Blood
19h35 - LCD Soundsystem
Palco Axe
12h50 - Plutão Já Foi Planeta
14h30 - Mallu Magalhães
16h20 - Oh Wonder
18h30 - Zara Larson
21h30 - Mac Demarco
Perry's by Doritos
12h40 - Sevenn
13h35 - Kyle Watson
14h45 - Ftampa
15h55 - Shiba San
17h05 - What So Not
18h15 - Alison Wonderland
19h25 - DVBBS
20h35 - Galantis
22h00 - Alok
SÁBADO, DIA 24
Palco Budweiser
12h30 - Tagore
14h10 - Ego Kill Talent
16h10 - Anderson Paak
18h20 - The National
22h00 - Pearl Jam
Palco Onix
11h50 - Ventre
13h15 - Liniker & os Caramelows
15h05 - Kaleo
17h15 - David Byrne
19h35 - Imagine Dragons
Palco Axe
12h30 - Jesuton
14h10 - Tash Sultana
16h10 - O Terno
18h20 - Mano Brown
21h00 - Kygo
Perry's by Doritos
12h40 - Devochka
13h35 - Gustavo Motta
14h45 - Whethan
15h55 - Louis The Child
17h05 - Mac Miller
18h15 - NighMre
19h25 - Deoroo
20h35 - Yellow Claw
22h00 - DJ Snake
DOMINGO, DIA 25
Palco Budweiser
12h30 - Braza
14h10 - Milky Chance
16h10 - The Neighbourhood
18h20 - Liam Gallagher
21h00 - The Killers
Palco Onix
11h45 - Francisco El Hombre
13h20 - Sofi Tukker
15h10 - Metronomy
17h15 - Khalid
19h25 - Lana Del Rey
Palco Axe
12h30 - Mahmundi
14h10 - Tiê
15h10 - Tropkillaz
16h20 - Tyler, The Creator
21h00 - Wiz Khalifa
Perry's by Doritos
13h00 - Jord
14h00 - Jetlag
15h00 - Cat Dealers
16h00 - Thomas Jack
17h15 - Cheat Codes
18h30 - Alan Walker
19h45 - Dillon Francis
20h55 - Hardewll
Kadavar: Jovens alemães trazem o melhor "rock velho" para o Brasil. E isso é imperdível!
Kadavar traz seu rock influenciado pelos anos 70 ao Brasil |
Os integrantes do trio alemão Kadavar têm por volta de 30 anos de idade, mas aparentam bem mais. Com a cabeça no hard rock clássico da década de 1970 e nos primórdios do doom e do space rock, exemplificam o paradoxo de se fazer rock em 2018. E vão fundo na viagem: ostentam também longas barbas e cabeleiras, e vestem-se com casacos, chapéus e coletes reminiscentes da década de seus heróis. É no passado analógico que estão as referências do rock’n’roll glorioso que reprocessam com grande convicção.
Christoph Lindemann, conhecido como Lupus, é o guitarrista e vocalista do Kadavar. Nasceu em 1986 em um vilarejo próximo de Berlim, mas do outro lado do muro. Tem poucas recordações da Alemanha pré-unificação, mas cresceu com toda a herança do isolamento e da falta de referências ocidentais que grassavam do lado comunista. De um jeito enviesado, conheceu Metallica e Iron Maiden através de um primo rebelde, muito antes de, aos 17 ou 18 anos, descobrir os Rolling Stones. Zarpou para Berlim na adolescência, trabalhou em clubes agendando shows e logo fez todas as conexões que o colocaram na rota de criar o que seria uma das mais interessantes bandas de rock da Alemanha.
Seu xará e grande comparsa musical, o baterista Christoph Bartelt, vulgo Tiger, é obcecado pelos Beatles e pela sonoridade dos anos 60 e 70. Mas isso não foi garantia de combinarem as ideias logo de início. Lindemann garante que o embrião do Kadavar, que à época contava ainda com o baixista Phillip Lippitz, era um preguiçoso e entediante arremedo de Black Rebel Motorcycle Club. As melodias que Lindemann apresentou para a dupla foram a gênese do que veio a se tornar essa máquina bem azeitada de peso, groove e riffs setentistas.
Sob contrato com a Nuclear Blast, gravadora independente alemã com um elenco estelar formado por gente como Slayer, Anthrax, Ministry, The Exploited e Discharge, e que, até por isso, tornou-se a empresa que mais paga impostos na cidade de Donzdorf, o Kadavar está rodando o mundo para divulgar seu álbum “Rough Times”, lançado em 2017.
O disco vem na esteira do expecional “Berlin”, que chegou ao top 20 da parada alemã e apresentou a banda abrindo o leque de boas referências, como na belíssima regravação de “Reich Der Träumme”, balada sombria da cantora Nico (sim, aquela do Velvet Underground).
Agora a boa notícia:
Com produção nacional da Abraxas e Headbanger Produções, a nova turnê do Kadavar no Brasil começa dia 27/02 em Santa Maria (Rio Grande do Sul) e depois segue para Belo Horizonte (Minas Gerais) para show no dia 1º de março. Os próximos compromissos acontecem em Florianópolis (Santa Catarina) no dia 2/03, em São Paulo (SP) no dia 3/03 e, para encerrar em grande estilo, dia 4/03 no Rio de Janeiro (RJ), como atração principal da terceira edição do Hocus Pocus Festival, em parceria com a renomada cervejaria Hocus Pocus.
Se eu fosse você, não perderia por nada.
KADAVAR EM SÃO PAULO
Data: 03 de março, sábado
Local: Fabrique Club
Endereço: Rua Barra Funda, 1071 - Barra Funda
2º lote antecipado promocional: R$ 90
(até a véspera do show, online ou nos pontos de venda)
Na hora: R$ 110 meia / R$ 220 inteira.
Saiba mais em:
https://www.facebook.com/events/188512061711938/
Classificação etária: 16 anos.
No Maracanã, Queens Of The Stone Age mostra renovação em show dançante e igualmente indispensável
Josh Homme botou a galera pra dançar no show do QOTSA [Foto: Marcos Hermes] |
O Queens Of The Stone Age não é uma banda tão requisitada a ponto de garantir estádios lotados, mas é quase uma unanimidade entre o público amante do rock. O grupo liderado por Josh Homme representa para muitos o que seria a última fagulha genuína do gênero no mainstream e segue lançando discos regularmente para a alegria de seus fãs. Tanto que eles chegam no Brasil para divulgar seu contestado, porém bom trabalho, 'Villains' (lançado no ano passado). E decidiram apostar em um número renovado e não saudosista, o que mostra a vontade do grupo em permanecer fresca entre os novos e antigos fãs.
Mesmo que o início tenha se dado na trinca do disco Like Clockwork... (com destaque para a pancada "My God Is The Sun"), foi na vibe de duas novas - "Feet Don't Fail Me" e a ótima "The Way You Used To Do" - que o grupo convidou o público a pegar carona nessa nova estrada percorrida por eles. O clima é dançante, rockabilly e de melodias macias. Dando ênfase principalmente ao trabalho harmônico e esmero instrumental, algumas canções acabam soando mais pré-dispostas a esse formato escolhido pelo grupo, como é o caso de "Villains Of Circunstance" e a indispensável "Make it Wit Chu" - única de 'Era Vulgaris' neste show. A boa voz de Josh Homme ajuda ainda mais. O cara anda com a imagem arranhada por ter chutado o rosto de uma fotógrafa num show recente da banda, mas esta noite tentou fazer de tudo para ser simpático. Foi comunicativo na medida do possível e mostrou bom humor em alguns momentos. "Essa aqui é sobre foder", disse ao anunciar o clássico "The Lost Art Of Keeping Secret", do álbum Rated R (lançado em 2000).
Michael Shuman em ação no palco do Maracanã [Foto: Marcos Hermes] |
Mesmo com um show diferente de suas origens, o Queens Of The Stone Age deu ao público um número altamente relevante, e comprovou, que se depender deles, o rock continuará se renovando por muitos anos ainda, seja com guitarradas cortantes ou levadas suingadas para balançar os quadris.
segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018
Foo Fighters no Maracanã tem enxurrada de hits, AC/DC e Queen: "É o Rock in Rio!", diz Grohl
Dave Grohl em ação no show do FF no Maraca [Foto: Marcos Hermes] |
Não foi por acaso que o Foo Fighters tornou-se um dos maiores nomes do rock nos últimos quinze anos. Após lançar 'There is Nothing Left To Lose', em 1999, o grupo acabou virando referência para um mainstream carente de modelos pré-estabelecidos - o que desagrada até hoje a galera que acende vela para Kurt Cobain. Tudo bem, os fãs devem admitir: musicalmente, o Foo Fighters não é uma banda revolucionária - como o Nirvana, por exemplo. Porém, há algo que não se pode negar: em cima do palco eles não decepcionam e justificam a pompa investida ao que se refere um grande show de rock nos tempos atuais.
O grupo possui aquela postura peculiar das bandas consagradas, em que todas as ações parecem devidamente planejadas. A prova disso é que repertório não possui grandes surpresas - incluindo as mesmas paradinhas, improvisos e discursos de auditório de Dave Grohl. Os caras não escondem o jogo: eles jogam para galera mesmo e todo mundo sabe. Mas quem se importa? Um show do Foo Fighters é sempre jogo ganho.
A banda entrou ao som de "Run" - vencedora do Grammy como melhor música rock do ano passado - e engatou uma trinca de sucessos incontestáveis: "All My Life", "Learn To Fly" e "The Pretender". "Isso aqui é um show de rock, ok? Vocês gostam de rock, né?", disparou Dave Grohl. Em seguida, o grupo voltou ao novo disco, 'Concrete And Gold', com a excelente "The Sky Is A Neighborhood", faixa que traz frescor ao repertório de hits hard rock e que contou esta noite com um coral feminino e uma ótima inclusão do tecladista Rami Jaffee, que embora acompanhe a banda desde 2005, foi incorporado como membro oficial no ano passado.
Taylor Hawkins foi uma atração a parte na apresentação [Foto: Marcos Hermes] |
Por ser um show basicamente "greatest hits", a única canção que pareceu meio deslocada foi "Make it Right", terceira (e boa) música do novo disco, mas que não ganhou o coro da galera. Tanto que o contraste veio em seguida com "Monkey Wrench", do petardo 'The Colour And The Shape', agradando em cheio os fãs que adoram bater cabeça, e depois na dobradinha de hinos rock: "Times Like These" e "Best Of You" (com direito ao coro de arquibancada, "ô ô ô ô").
Fã clube da banda marcou presença na grade [Foto: Marcos Hermes] |
sábado, 24 de fevereiro de 2018
De single novo, 5 Seconds Of Summer anuncia show em São Paulo
O grupo australiano foi uma das atrações da última edição do Rock in Rio |
"Depois de passar 5 anos na estrada, desde que tínhamos 16 anos, foi importante para nós tirarmos um tempo para nos conhecer como indivíduos e agora estamos voltando mais fortes e unidos do que nunca. Estas músicas significam o mundo para nós e não escondemos nada ao criar o novo álbum. Temos ensaiado muito e estamos ansiosos para voltar a estrada e nos conectarmos com nossos incríveis fãs novamente".Considerados a “maior nova banda de rock do mundo” pela Rolling Stone, 5SOS é a primeira banda (não grupo vocal) da história a ver seus dois primeiros discos de estúdio estrearem na primeira posição da Billboard Hot 200. O primeiro álbum vendeu mais de 3 milhões de cópias mundialmente. 'Sounds Good Feels Good', de 2015, ficou em 1º lugar em 12 países incluindo os Estados Unidos, a Austrália e o Reino Unido. “She’s Kinda Hot”, primeiro single do disco, alcançou a primeira posição do iTunes em mais de 44 países. A banda já ganhou diversos prêmios incluindo um AMA, um People’s Choice Award, um iHeartRadio Music Award, cinco MTV EMAs e um MTV VMA. No ano passado, os australianos estiveram no Brasil e foram uma das atrações da última edição do Rock in Rio [acesse a nossa cobertura oficial do festival e saiba como foi o show do grupo].
Paradise Lost volta ao Brasil em agosto para shows no Rio de Janeiro e São Paulo
Paradise Lost divulga seu décimo quinto disco de estúdio: "Medusa" |
'Medusa' é o décimo quinto trabalho de estúdio do grupo e é considerado uma volta às raízes do doom metal - gênero que eles ajudaram a difundir no Reino Unido, ao lado de bandas como My Dying Bride e o Anathema no fim dos anos oitenta. Mas foi com o cultuado 'Draconian Times', que o Paradise Lost ganhou o respeito da crítica e público, inclusive vindo ao Brasil pela primeira vez em 1995. Na oportunidade, dividiram palco com Ozzy Osbourne, Alice Cooper, Faith No More e Megadeth no festival Monsters Of Rock.
Após se distanciar um pouco do metal com o lançamento de 'Host', o grupo voltou ao peso característico em 'Symbol Of Life' - que possui o clássico "Erased" e no aclamado 'The Plague Within' (lançado em 2015). Além dos shows no Brasil, o Paradise Lost também passa por Argentina, Chile, Peru, Colômbia e México.
RIO DE JANEIRO
Data: 31 de agosto, sexta-feira
Local: Rival Petrobras
Endereço: Rua Álvaro Alvim, 33 – Cinelândia
Abertura da casa: 19h30
Paradise Lost: 21h
Classificação: 18 anos
INGRESSOS:
1º lote: R$110 (Promocional / Meia entrada)
2º lote: R$120 (Promocional / Meia entrada)
Mezanino: R$150
Compre seu ingresso AQUI
SÃO PAULO
Data: 01 de setembro, sábado
Local: Carioca Club
Endereço: Rua Cardeal Arcoverde, 2899 - Pinheiros
Abertura da casa: 17h30
Paradise Lost: 19h
Classificação: 16 anos
INGRESSOS:
Pista - 1º lote: R$240 / R$120 (Promocional / Meia entrada)
Camarote - 1º lote: R$360 / R$180 (Promocional / Meia entrada)
Compre seu ingresso AQUI
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018
Phil Collins emociona Maracanã em seu primeiro show solo no Brasil
Phil Collins inicia turnê brasileira no Rio [Foto: Amanda Respicio / Rock On Board] |
Mais de quarenta mil pessoas enfrentaram o mau tempo que acompanha o Rio de Janeiro nos últimos dias para reverenciar mais uma lenda viva da música. No meio do palco, surge um homem calvo e curvado pelo tempo, vestindo roupas pretas largas. Ele segue apoiado em uma bengala até sentar na cadeira. E permaneceu ali, sentado, diante de uma multidão de olhares e corações atentos - que se confundiam entre lágrimas e cantorias sem fim.
Aos 67 anos de idade, Phil Collins chega ao Brasil pela primeira vez desde que formou sua carreira solo. O desgaste físico aparece evidenciado pelo grave problema na coluna, mas a voz ainda está lá. Ela continua sedosa, emotiva e de timbre inconfundível. O cartão de visitas é nada menos que uma dobradinha de seus maiores hits radiofônicos: "Against all odds (Take a look at me now)" e "Another Day in Paradise". O fato de tocar logo de cara duas das músicas mais esperadas da noite serviu para acalmar a ansiedade do público, que pôde a partir dali, conferir a excelência de um time de músicos do primeiro quilate.
Além de alguns parceiros de longa data, como o baixista Leland Sklar, o guitarrista Daryl Stuermer e o trompetista Harry Kim, Phil Collins trouxe ao Brasil, o seu filho Nic Collins, de apenas 16 anos de idade, que mostra desenvoltura e rara técnica em canções como "In The Air Tonight". "É um bom garoto", elogia. Mas o destaque fica mesmo para os cantores de apoio, principalmente Army Keys e Arnold McCuller, que se revezam em duetos com Collins e chegam no ápice em "Easy Lover", um dos maiores sucessos pop dos ano 80, criado em parceria com Philip Bayley, do Earth, Wind & Fire.
Mesmo aos 67 anos, voz continua em dia [Foto: Amanda Respicio / Rock On Board] |
Quando a banda atacou de Supremes em "You Can't Hurry Love", o Maracanã se transformou em uma gigantesca pista de dança, que ganhou força em um dos sucessos de Phil Collins lançado nos anos noventa: "Dance Into The Light". "Sussudio" trouxe flâmulas e confetes coloridos sobre o público e o bis de "Take Me Home" deu conta final à apresentação. Contrariando todas as previsões, limitações físicas e probabilidades reais, Phil Collins respondeu no palco que nada ainda é capaz de superar a magnitude de uma lenda. Não é a toa que o nome da turnê é "Not Dead Yet" (Não morri ainda). Mesmo assim, é sempre bom lembrar: Lendas não morrem nunca.
Na abertura, um bom show de rock do The Pretenders
Ícone feminino do rock and roll, Chrissie Hynde mostrou que a atitude continua em dia mesmo aos 66 anos de idade. Afinal, poucos conhecem desse gênero tanto quanto essa senhora, que nos anos setenta dividiu-se entre parcerias com embriões do punk rock e lideranças na origem do jornalismo especializado britânico. Mas o verdadeiro triunfo de Chrissie foi mesmo no início dos anos oitenta com o The Pretenders e no palco do Maracanã isso ficou constatado em músicas que continuam soando frescas, incluindo a perfeição pop de "Talk Of The Town" e "Back on the Chain Gang". Sem abandonar o visual nostálgico, com direito a corte de cabelo com franjinhas e jaqueta, Hynde domina a peleja e consegue entreter o público durante toda a apresentação do grupo. É um bom show de rock, e que ganha mais energia na parte final. Entre solos de guitarra e melodias à capela ("I'll Stand By You"), o número chega ao ápice numa versão quentíssima de "Middle Of The Road", com destaque para o generoso solo de bateria. Mesmo na posição de "especial guest" e mais indicada a arenas menores e mais enfumaçadas, o The Pretenders deu a prova que precisávamos que eles permanecem fiéis ao espírito genuíno do rock and roll. E isso pode colocar na conta da experiente Chrissie Hynde.
Chrissie Hynde liderou o Pretenders em bom show [Foto: Amanda Respicio] |