domingo, 23 de abril de 2017

De volta ao Rio, Evanescence comprova fã clube inabalável e hits certeiros

Foto: Adriana Vieira
Carismática, Amy Lee comandou uma cantoria sem fim no Vivo Rio
O Evanescence comprovou na noite deste sábado que seu fã-clube continua inabalável no Rio de Janeiro. Com quase todos os setores esgotados, o Vivo Rio foi cercado desde cedo por fãs da banda, que se dividiam entre as famosas camisas pretas e meninas travestidas de "Amy Lee Cover". A cantora é certamente o maior símbolo do grupo. Além de estampar as capas dos dois principais discos, ela é também quem escolhe as cartas, distribui e faz o jogo valer cada centavo. 

Após o estouro de Fallen, lançado em 2003, o Evanescence comove uma multidão de seguidores no mundo inteiro. O impressionante é que o grupo lançou apenas três discos de inéditas desde então, o que comprova ainda mais a força do repertório, que se sustenta de forma impetuosa por uma hora e meia na cantoria dos fãs.
Foto: Adriana Vieira
O guitarrista Troy McLawhorn e Amy Lee em ação no Vivo Rio
Por conta do hiato de quatro anos, o último disco do Evanescence continua sendo o mesmo de suas duas últimas visitas ao Brasil. Mesmo sem o êxito comercial dos dois primeiros trabalhos da banda, o homônimo álbum comprova força no show desta noite ao ceder sete canções para o repertório, incluindo a ótima "What You Want", que rola logo no início da apresentação - seguida do sucesso "Going Under". À frente de um público fiel (na maioria meninas), Amy Lee, cheia de tecidos azuis, escancara na cantoria. A vocalista mostrou que o tempo longe do rock não foi capaz impactar seu punch como boa cantora de sempre. 

Além das certeiras "Call Me When You're Sober", "Lithium" e "The Other Side", há também algumas surpresas escondidas, como "Even In Death", que saiu recentemente numa coletânea de hits da banda, e "Take Cover", que estará provavelmente num próximo disco de inéditas. Já a nova guitarrista Jen Majura foi muito cortejada pelas fãs, mas assim como a maioria dos outros integrantes, possui uma performance de palco mais reservada.
Foto: Adriana Vieira
Amy Lee chama a galera para cantar junto o sucesso "Going Under"
O show dessa noite acabou sendo fundamental no aspecto cronológico da coisa. Ele acontece há exatos 10 anos da primeira vez no Rio, que aconteceu nesta mesma data, no Rio Centro - durante a turnê The Open Door Tour em 22 de abril de 2007. A banda mostra que envelhece bem e renova o seu público a cada passagem pelo país. Pois é, pode não parecer, mas o megahit, "Bring Me To Life", que acabou fechando a primeira parte desta apresentação, beira uma década e meia de vida. Na volta para o bis, a banda decidiu encerrar a noite da mesma forma que faz no primeiro disco, com a versão firme e pesada de "Whisper".

Representados mais uma vez pelo talento de Amy Lee, o Evanescence deixou o Rio de Janeiro com a manutenção de seu fã-clube, e constatou a força de um repertório que sobrevive há mais de uma década. O único problema ainda é a falta de seqüência do grupo, que precisa de menos hiatos e mais discos novos e turnês para compensar sua legião de fãs.

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