Foto: Eduardo Magalhães
Chester Bennington mostrou boa forma nessa nova visita ao Brasil |
Por Bruno Eduardo
Dias antes, alguns amigos iniciavam uma discussão nas mídias sociais sobre a inclusão do Linkin Park no gênero "rock". Algo que soa meio contraditório nos dias de hoje, mas que ganha fundamento quando você percebe que a metade do show dos caras é determinada por inserções de pick ups. Tal questão rende um debate interminável - passando por relatividade cultural, ponto-de-vista, tradição e merchandising - sem que ninguém chegue a um consenso.
Porém, o que podemos afirmar com a certeza dos fatos, é que o Linkin Park sabe se apropriar do rock. O som deles é tipo um venon, uma mutação (im)previsível entre guitarras ultra-pesadas (em afinação baixa) e excesso de samples. Como é de ser, essa mistureba "moderninha" não desce na goela dos mais tradicionais. Não há solos de guitarra; não há letras de caráter revolucionário; e não há cabelos sacudindo ao vento. Para piorar a coisa, há um DJ no palco e um guitarrista que toca com fone de ouvido(?). Pode não ser rock para alguns, mas é um grande show!
Mesmo divulgando o novo, e elogiado The Hunting Party, o grupo deu uma calibrada sagaz no repertório com duas pancadas de seu disco mais famoso (Hybrid Theory) logo no início da apresentação: "One Step Closer" e "Papercut".
O Linkin Park não mediu esforço para satisfazer seu enorme fã-clube. Com exceção de "Crawling", a banda enfatizou por completo os sucessos absolutos da carreira: "Somewhere I Belong", do ótimo Meteora, e o mega-hit "In The End" regeram a multidão que lotou a Esplanada do Mineirão. Músicas como "Leave Out All The Rest" e "Numb" comprovaram a recuperação vocal de Chester Bennington - que andou "escorregando" em sua última visita ao país, dois anos atrás. O grupo também injetou nova energia em músicas já bastante conhecidas pelo público - como pôde ser visto na versão vitaminada de "Faint".
Já o bis foi digno de um mixtape: "Burn it Down", "New Divide", Points Of Authority, "Until it's Gone", "What I've Done" e "Bleed it Out" rolaram sem pausa até o solo de bateria de Rob Bourdon - que deu toques finais ao número.
Entre o modernismo e a tradição acanhada, o show desta noite serviu para evidenciar que o Linkin Park continua desafiando o rock tradicional como poucos fizeram nos últimos quinze anos - os fãs agradecem.
Foto: Eduardo Magalhães
SETLIST
ACT !
- Catalyst / Requiem Intro
- Guilty all the same
- Given Up
- With you
- One step closer
ACT II
- Blackout
- Papercut
- Rebellion
- Runaway
- Wastelands
- Castle of glass experience
- Iridescent
ACT III
- Robot Boy
- Joe solo
- Numb
- Waiting for the end
- Final masquerade
- Mike solo
- Dirt off / Lying for you
- Somewhere I belong
- In the end
- Faint
ENCORE
- Burn it down
- Lost in the echo
- New divide
- MS rap
- Until it´s gone
- What I´ve done
- Bleed it out
CIRCUITO BANCO DO BRASIL 2014
A primeia etapa do Circuito Banco do Brasil 2014 contou com 20 mil pessoas na Esplanada do Mineirão, em Belo Horizonte. O Circuito teve início com a primeira edição da Copa Brasil de Street Skate, realizada em parceria com a Confederação Brasileira de Skate. O vencedor foi Kevin Hoefler, que ganhou o prêmio de R$ 11.000,00. O segundo lugar foi de Rogerio Lopes “Febem”, com prêmio de R$ 8.500,00, seguido por Rodil de Araujo Jr “Ferrugem”, que recebeu R$ 6.500,00. A competição distribuiu o total de R$ 45.000,00 em prêmios para os 12 primeiros colocados.
Os shows começaram às 16h50 com a apresentação da banda Stereophant, vencedora do concurso VOZPRATODOS. Na sequência vieram as atrações brasileiras – Nação Zumbi e Titãs. Panic! at the Disco e Linkin Park fecharam a noite com chave de ouro.
O Circuito Banco do Brasil acontece esse ano ainda em Brasília (19/10), São Paulo (01/11) e Rio de Janeiro (08/11). Saiba tudo sobre o Circuito Banco do Brasil AQUI.
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