sábado, 13 de setembro de 2014

7 Seconds faz Carioca Club ferver em sua primeira visita ao país

Foto: Diogo Guedes

Por Ricardo Cachorrão Flávio

Sábado quente e, após dois anos, retorno ao velho Carioca Club. A minha última visita é lembrada de forma triste, enquanto a banda Cock Sparrer realizava um show de rock dos melhores dentro da casa, a estupidez generalizada ocorria na porta do evento, que culminou com o assassinato do jovem punk Johni Raoni Falcão Galanciak, num crime até hoje não resolvido, em briga que envolveu gangs de punks e skinheads.

A “Matinê Hardcore”, como a rapaziada que ia chegando comentava (a casa é famosa por shows de pagode, samba, axé e afins, mas cede espaço no ‘primeiro horário’ para o rock), prometia muito. 16:00 o burburinho aumentava em frente a casa, e os simpáticos Steve Youth (baixo), Troy Mowat (bateria) e Bobby Adams (guitarra), membros do 7 Seconds, vão até a calçada olhar o movimento e fizeram a alegria dos fãs que já estavam por ali, posando pacientemente para fotos com todos.

Já dentro do Carioca Club, me sinto na obrigação de agradecer publicamente à receptividade do pessoal da Seven Eight Life Recordings, responsáveis pela turnê da banda. Muita atenção e respeito com o trabalho de toda a imprensa presente.

Indo ao que interessa, o som começou com as bandas JAH HELL KICK e GOOD INTENTIONS tocando na sequência e com intervalo curto entre elas. Se pessoalmente não me agrada muito o discurso repetitivo, problema todo meu, porque a molecada que começava encher a casa se mostrou bem satisfeita com os dois shows. Hardcore básico, sem frescuras ou firulas e que agradou quem esperava a cereja do bolo da noite.

7 SECONDS no palco pontualmente às 19:30, sinal de pogo insano e stage dive liberado do início ao fim da apresentação (a produção já havia avisado a todos que o palco não estaria isolado). Na estrada desde 1980, e com álbum novo lançado em maio (“Leave a Light On”, disponível na banca de merchandising oficial, juntamente com inúmeros modelos de camisetas), a banda faz um balanço geral de sua longa carreira e empolga a todos os presentes na casa. Da abertura com “Still Believe” ao encerramento com “Walk Together, Rock Together”, passando pelos certeiros covers de “If the Kids Are United” (do Sham 69) e “99 Red Balloons” (da cantora alemã Nena), ainda houve espaço para o inusitado, quando o vocalista Kevin Seconds chama um rapaz ao palco, que se apresenta, diz ser grande fã da banda e pede a namorada em casamento, o público, mesmo achando estranho, acaba aplaudindo a cena.

O prometido único show na América do Sul ainda teve um “segundo tempo” no dia seguinte. Em evento programado para apresentação acústica e solo do vocalista Kevin Seconds, contou com a presença de toda a banda, sorte de quem foi, que viu os caras num lugar mais ‘intimista’. No geral, foi uma diversão e tanto, os caras sabem agradar.

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