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The Maine falou com exclusividade sobre 'Love Little Lonely' |
O sexto disco de estúdio do The Maine já está disponível em todas as plataformas digitais. No Brasil, 'Lovely Little Lonely' será lançado pela ForMusic. Formada em 2007 por John O'Callaghan, Pat Kirch, Jared Monaco, Garrett Nickelsen e Kennedy Brock, o The Maine é uma das bandas da nova geração que mais despertam paixão no Brasil. A sintonia com os fãs brasileiros é tão grande que o país já se tornou destino certo nas turnês. Para mostrar o novo disco, eles já agendaram sete datas em julho. A "Lovely Little Lonely 2017" vai passar pelas cidades de São Paulo no dia 15 de julho (Tropical Butantã), Limeira no dia 16 de julho (Bar da Montanha), Porto Alegre no dia 18 de julho (Teatro CIEE), Curitiba no dia 19 de julho (Local a confirmar), Brasília no dia 21 de julho (Atomic Music Festival), Belo Horizonte no dia 22 de julho (Teatro Bradesco) e Rio de Janeiro no dia 23 de julho (Circo Voador). Conversamos por telefone com o guitarrista Kennedy Brock, que contou para gente como foi o processo de gravação e composição do novo disco. Neste bate-papo, ele também falou sobre a relação com os fãs brasileiros e se disse ansioso por poder voltar outra vez. Confira abaixo a entrevista exclusiva com o guitarrista.
Oi Kennedy, como você está?
Oi Bruno, estou bem e você?
Na última vez que vocês vieram ao Brasil, nós conversamos aqui por telefone. Você lembra?
Oh, sim. Eu lembro. Estou feliz de falar com você de novo e muito animado por estar voltando ao Brasil.
Fale um pouco sobre o processo de gravação de "Lovely Little Lonely".
Bem, nós gravamos de uma maneira um pouco diferente dessa vez. Ou pelo menos no processo de escrita. Nós fizemos um pouco menos de jam sessions, de ficar tocando e tocando em um quarto até sair algo. Fizemos um pouco mais de... criar as músicas naturalmente, entende? Gravando coisas no computador, sabe? Isso nos levou a um processo de escrita ligeiramente diferente, que é algo que gostamos de tentar fazer, nos mantermos, você sabe... Fazendo algo novo, que nunca fizemos antes, e com isso eu acho que nós fomos capazes de criar um ambiente diferente. Acho que foi uma evolução para nós.
Em que sentido?
Então... 'American Candy' foi como um rejuvenescimento para nós, enquanto 'Lovely Little Lonely' é como se nós fossemos direto ao ponto. Eu acho que todo o processo foi para criar algo que as pessoas serão capazes de tirar algo de cada música e de todo o álbum, sabe? Acredito que todo o álbum parece muito coeso, e nós estivemos muito envolvidos com o mundo emo ultimamente. E eu posso dizer que é algo que nos influenciou muito na nossa carreira e acho que nós não fugimos muito dessa influência nesse álbum.
Após ouvir o disco, senti uma influência maior de rock alternativo neste novo trabalho. Estou certo?
Sim, sim, acho que sim. Acho que muitas vezes escrevemos músicas que são tipicamente pop, e a partir daí a gente disfarça e muda a aparência delas de diferentes formas. E acho que nesse álbum, está mais para o rock alternativo. Acredito eu, que está parecendo muito com as nossas influencias. Eu cresci nos anos 90, ouvindo rock alternativo, então acho que para nós esse álbum foi um meio de trazer nossas maiores e nostálgicas influências.
Para você, o quanto acha que vocês cresceram de 'American Candy' para 'Lovely Little Lonely'?
Sabe, acho que nós experimentamos nossa escrita num meio muito diferente. As pessoas realmente se conectaram com American Candy e nós fomos nos sentindo cada vez mais certos sobre para aonde a banda está caminhando e como conseguimos nos enxergar. Acho que no geral, nós estamos muito confortáveis com o que nós somos e muito confortáveis para expressar quem somos, de uma maneira muito natural agora.
Você conseguiria dizer qual é o maior desafio nessa caminhada como banda?
Cara, sempre existem desafios. Eu não sei se é necessariamente o maior deles, mas sabe, é sempre um desafio tentar se reinventar. Porque na musica em geral, não estamos recriando. Os maior desafio realmente é ter que se manter focado, porque para nós, muito dos nossos parceiros não estão realmente envolvidos em todo o processo. Acho que esse tem sido o nosso maior desafio ao longo dos anos. Nós amamos ser controladores, amamos saber exatamente como tudo vai ser construído e visto. É mais do que somente a música, é com o que a banda se depara, que tipo de pessoas nos vamos nos deparar. Então acho que para nós, tem sido um desafio tentar balancear o quanto nós mesmos queremos controlar, e o quanto que realmente nós podemos controlar num ambiente saudável. Então eu acho que o maior de todos os desafios é tentar entender como funciona controlar o negócio da banda, acho.
O The Maine lançou quatro dos seus seis álbuns de forma independente. Existe algum segredo para ser uma banda independente de sucesso?
Para nós, ser uma banda independente foi a escolha certa. Um dos desafios que nós encontramos era que nós não entendemos de primeira que precisávamos estar sozinhos desse jeito. Para algumas pessoas, um selo funciona perfeitamente bem, não ficando frente a frente com alguém que está envolvido no processo. Então, nós fizemos de um jeito que nós mesmos podemos fazer tudo. Se você quer algo bem feito, faça você mesmo. Eu sei que isso é uma frase antiga, mas faz sentido para nós.
Vocês são muito queridos aqui no Brasil. É realmente tão diferente a relação com os fãs brasileiros em comparação aos outros países?
Sim! O povo brasileiro é muito amável, então acho que nós fomos bem recebidos antes mesmo de chegarmos no Brasil. Isso foi umas das coisas mais legais para mim. Eu posso dizer com 100% de certeza que esse amor é recíproco. Eu amo o Brasil, amo o povo, amo tentar falar português. É uma coisa tão boa... Nossos fãs nos dão um apoio incrível no Brasil. Eles fizeram com que fosse possível a gente conseguir tocar aí. Muitas bandas dizem isso, muitas pessoas dizem coisas assim, mas, vocês são o motivo pelo qual a gente existe. Mas para a nossa banda, sendo independente, nossos fãs são realmente o único meio pelo qual nós podemos fazer algo assim, e o apoio que nós recebemos do Brasil é o motivo pelo qual estamos aqui, e é o motivo pelo qual nos amamos tanto voltar.
Na última vez que conversamos, você disse que estava praticando a língua portuguesa. E aí?
(risos). A única coisa que eu posso dizer é ... "eu não lembro de palavras, quando eu preciso" (ele falou essa frase em português).
Kennedy, obrigado pela entrevista. Um prazer conversarmos de novo e fico feliz que vocês estejam de volta.
Cara, eu estou tão animado para estar no Brasil outra vez e poder tocar em todos esses lugares. E é tão legal poder ir a novos lugares também, como Brasília e outras cidades que ainda não fomos. É muito empolgante para mim. Estou muito feliz de poder voltar.
É um prazer tê-los de volta. Nos vemos no Rio de Janeiro em breve!
Com certeza! Se cuida aí. Tchau.
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