Essa banda paulistana trabalha em cima do improvável, do imprevisível.
Masao é um disco de uma música só, que possui “apenas” 25 minutos de duração. O título é uma homenagem ao diretor da usina Fukushima, Yoshida Masao, que fez parte de um grupo conhecido como os “50 heróis” - que evitaram uma maior tragédia nuclear em 2011.
Sonoramente, “Masao” é uma viagem cinematográfica. Em uma linguagem excessivamente abstrata, podemos dizer que o disco é uma espécie de concepção díspar do rock moderno. Denso, obscuro, e de poucas variações, o single intensifica o que o Labirinto já havia mostrado no split com os canadenses do This Quiet Army. Assim como foi em “Etéreo” (lançado 2010), o grupo contou mais uma vez com a pós-produção de Greg Norman - que realizou o processo no estúdio Electrical Audio, de Steve Albini (Pixies, Nirvana e Mogwai). Já a arte do disco - criada por Miller Guglielmo - foi inspirada na saga de um samurai em sua extasiante luta contra um demônio japonês.
Quer um conselho? Entre nesse fascinante labirinto e tente sair ileso de boas audições.
Ouça: "Masao"
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